terça-feira, 8 de janeiro de 2019

Dia de sol

Lucid Dreams
Caminhava a passos rápidos e balançados. Descia a rua do Sol-ao-Rato. Lembro-me que tinha pressa e estava muito confiante que quando lá chegasse iria ter uma recepção amigável.
Foi num dia solarengo, perto da hora do almoço. Os raios de sol eram tão brilhantes que até reflectiam a brancura das pedras da calçada.
Era um dia de felicidade, sentia. 
Quando cheguei ao Largo do Rato parei e olhei em volta. 

Quem sou?
Para onde vou?
Não me lembro de nada. Não sei quem sou, que sítio é aquele. Sim, eu estava a andar para ir a... Não sei, não me lembro.
O que é que se passa?
Senti medo. Muito medo. 
Estou sozinha. Deus, tu deixaste-me sozinha, Deus! Morre, abandonaste-me e mataste a minha mãe. Querias-me sozinha.
Não existe Deus!




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