Ele vivia numas águas-furtadas. Era pobre!
Todos os bons artistas são pobres e vivem em águas furtadas.
Ele escreve,escreve, numa doação de talento de Deus para o papel.
Mais tarde... Há crentes! As folhas de papel multiplicam-se pela cidade.
O talento é uma hemorragia e escorre pelos degraus,sai da porta e escoa pelos algeroses.
O dinheiro é muito bom mas ele sente-se fraco e cansado. A tristeza deu lugar agora à emoção,o coração abalado pela trovoada parou...
Ele caiu, debruçado na secretaria, exangue do triunfo da vida.
Então uma luz iluminou todo o quartinho,raiava de dentro do poeta e no meio de toda a luminosidade e saída de dentro das costas rasgasdas do poeta voou uma pomba branca, que partiu depois pela janela aberta em frente à secretária...
A pomba já correu o mundo todo.
A todos os que o lêem: Abram a janela para que a pomba vos venha visitar!
Abram o livro e libertem-na!