sábado, 16 de dezembro de 2017

Nada nos pertence

Nem o que guardamos para nós nos pertence.
Quando a nossa vida se resume ás memórias que temos.
Quem somos nós sem elas?

Cheguei a casa e peguei num livro. Folheei e pensei que tinha encontrado um livro novo. Já o tinha lido mas não me recordava.


segunda-feira, 7 de agosto de 2017

Pegadas na areia (somente as minhas)

Podia ser um poema sobre Deus mas não se consegue chegar a tanto.
Pegadas na areia ficam impressas no meu coração. Em breve o mar as apagará como apaga todas ao longo dos anos e assim como se esbatem os moldes também a existência se extingue a conta-gotas.
O mar é perpétuo e cada movimento é repetido sem fim ao longo de milénios.
Se Deus existe só posso Lhe posso agradecer por não me deixar afogar.
A praia, eterna casa de vento sem abrigo...

terça-feira, 16 de maio de 2017

Apêndice

Não há razão para estar em baixo. Não se sucedeu nada.
Sentimento de cansaço e fraqueza, desânimo e dor não estão associados à tristeza.
Não há pensamentos tristes porque os pensamentos são lógicos, racionais. Pensamento é razão.
Inseguranças e dúvidas tolas são um véu esfumado que um fantasma maldito nos deitou em cima. Vozes que são apêndices da realidade mas que martelam como o tic-tac do pêndulo do velho relógio da sala.
O resquício do gémeo siamês revoltado...
Não sei o que é e não o encontro por isso não o consigo agarrar.
Se eu não o encontro como vão encontrar os outros que me vêem com binóculos?  Vai me atormentar durante muitos mais anos.
Vou correr para ver se LHE ganho!