segunda-feira, 10 de dezembro de 2012

Plantação de estrelas




Semeador de estrelas
 Não semeias mais em mim…
Porque não vens colhê-las?
As estrelas que ainda brilham por ti…
 Agora vejo o céu alvacento
As palavras soam-me todas parecidas,
Não firmaste com cimento…
As estrelas que agora morrem esquecidas.
 Porque abandonaste a terra
E deixaste a meio a plantação?
Afinal, o meu semeador também erra
Só brilha metade do coração
 Sinto-me triste e cansada
Porque num quarto de vida
Nem metade foi cultivada
Porém a última estrela ainda não foi apagada
Brilha ainda porque não crê na despedida.

Sim...
 Por ti o meu amor pingara
E uma invisível e funda poça criara
Poça de líquido vermelho, cor da paixão,
Foi sangue que alimentou as tuas flores
Porque no jardim a que chamo coração,
Nunca houve tela para outras cores.



Recado


Fica sabendo…
Que a maior mentira que já disse
Não teve corpo na palavra
Porque nunca te contei.
O remorso que sinto, tem-me escrava,
da tal verdade calada da qual nunca te falei.
A mentira é: “Não, não amo ninguém”
E…  Fica novamente sabendo
Que sangro enquanto a estou escrevendo.

Queria te escrever!
Preciso tanto saber de ti!
Mas não o vou fazer!
Porque de mim
Tu nunca quiseste saber
E dói muito imaginar-te
Como sendo alguém assim.
Se te pudesse escrever, apenas te diria: AMO-TE!

Quis apenas deixar-te este recado